Chamarem-me de anormal
Tornou-se um tanto frequente
Isso porque muito raramente
Aos outros, penso igual
Temos todos aparência padrão
Beleza,do momento atual, depende.
Aquilo que hoje é lindo,amanhã deprimente
Mas afinal,quem define tal distinção?
Agora querem a vestimenta tal
Mas vão mudar brevemente
Vamos sair às compras loucamente
Tornamo-nos zumbis do capital
Longe de mim criticar
Sistema tão justo aparentemente
A cabeça no dinheiro,a mão no batente
Para todo ciclo enfim recomeçar
O importante é somar
Pra que ressaltar o povo carente?
Vais destruir um rosto sorridente
Que feliz,compra até o que não pode pagar?
Talvez eu seja mesmo anormal
Gosto de gastar sim,como toda a gente
Mas às vezes,acredito que de repente
O povo se torna um tanto inconsequente
Esquece-se que há mais no mundo real.
(Arthur Valente)
terça-feira, 26 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
Intensidade
Olhava-me,
E como mergulhar em mel
A moça por tras do véu
Fazia-me rasgar o céu
Apenas com seus olhos de mármore
Tocava-me
De forma brusca e violenta
Mantendo-se singela,a sedenta
Pedía-me tão atenta
Que me fizesse seu cárcere
Batía-me,
Mantinha-se em plena calma
Não me feria o corpo,mas a alma
Sobre meu ombro baixo,sua palma
Matou-me a santa,virei mártire
Reencontrei-me,
Em outros olhos ressucitei
Se necessário,mil vezes morrerei
Pois por meus versos voltarei
Sou poeta,sinto tudo em ápice
Embriagava-me,
Passava noites no bar
Agora novamente em santo altar
Mas,pior que minha dor, é o pesar
Daquele que por medo de chorar
Do vinho do amor ,nega o cálice
(Arthur Valente)
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