terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Doces Venenos
Aquilo que parecia ser, não foi
Assim como não era
Do jeito que a gente se pois a crer
E agora, a insônia me consome ao bel-prazer
Que é o mesmo prazer que nos consumia
Enquanto só derretíamos por nos ter
Mas como ter, se nem nos tínhamos?
Se nem nos éramos
Como imaginávamos parecer?
Como ser a voz que pulsa teu coração
Se o meu, por opção,
Já contorce-se ao bater?
Foi tão rápido o momento
Assim como o sentimento
Que entrou sem ser chamado
Pra já logo se estabelecer
E estabeleceu-se invasivo
Libertando o mel corrosivo
Que, ao passo que nos nutre
Adocicando, faz morrer.
(Arthur Valente)
Assinar:
Postagens (Atom)