Primeiro era o vermelho
Os músculos acentuados
Os nus corpos suados
Enganados por espelhos
Chega o branco, então
Vindo de longínqua distância
Traz consigo a ganância
E um projeto de civilização
Por terceiro, o preto
Tirado a força do lar
Trazido arrastado pelo mar
Compôs cultura do alto do gueto
Veio o amarelo,por fim
Com seus olhos puxados e caídos
Sua inteligência sensata,povo unido
que largou tudo,para completar a miscigenação assim.
E quem somos nós afinal?
Qual a cor do homem brasileiro?
Somos um pedaço do mundo inteiro
Um arco-íris sem igual.
(Arthur Valente)
Que beleza miscigência! Genial brasilidade. Arthur, sua maturidade de temas, formas e ritmos letrados te cadastram como um humano sensível, poeta do cotidiano. Embora façam o grande serviço de amenizar as dores dos dias em versos gostosos,os poetas são marginais e sempre solitários interlocutores das entrelinhas de suas inquietações.
ResponderExcluirUm beijo doce e colorido, Can.
...http://www.pipocos.wordpress.com
Que show, Thu!
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