A barata quando corre
Corre sem ter direção
Se bebesse, era porre
Mas quer mesmo é refeição
Se arrisca e até morre
Por migalhas de pão
Enquanto a moça se socorre
Gritando em cima do balcão
E a pergunta que ocorre
À barata, em reflexão
É: "Por que a lágrima escorre
do monstro em cima do balcão?"
(Arthur Valente)
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