Vem, meu camarada
Puxa a cadeira
Tem cerveja na geladeira
Podes fazer o que quiseres
Acenda um cigarro,
Fiques à vontade
Se ficares entediado,
Conta-me tuas lamúrias
E vamos beber!
Vamos beber até a dor do mundo
Que nós consome
De gole em gole
Ser ingerida ao fundo
E vamos beber!
Até tudo que nos envolve,
Mesmo o desespero que nunca se dissolve,
Não mais doer.
(Arthur Valente)
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