Do céu faço chão, pois
Caminho entre estrelas desalinhadas
Totalmente despovoadas
E Impreganadas de sedução
Calmaria reflexiva
Que só o universo pode oferecer
Caminho entre estrelas desalinhadas
Porque o asfalto já não traz tanto prazer
Pois são tantas as noitadas
E as bebedeiras descontroladas
Que de desprendido, passei a me prender
Caminho por estrelas desalinhadas
Sem saber, e sem querer saber ao certo
Até onde posso percorrer
E adentro sozinho em tal jornada
Pois, somente a sós consigo me reconhecer
E varo em claro as madrugadas
Contemplando as luzes pelo céu a se mover
Faço trajetória desgovernada
Caminhando entre estrelas desalinhadas
Que, por fim, já apagadas
Dão lugar ao alvorecer.
Caminho até o sol nascer
E não lastimo sua chegada
Pois quando a noite vir me ter
Cantarei feliz à esfera prateada
E por estreladas desalinhadas
Volto a me locomer.
(Arthur Valente)
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