Era uma daquelas
Que, apesar de bela
Não sei bem se queria
Ai, sem querer
Juntei realidade e fantasia
Entre conto e poesia
Feitos à luz da janela
Escrevi sobre sorte sofrida
Sobre corte e ferida
Sobre vida e sobre morte
E zen,
No escuro que faz-se de açoite
Produzi contra os muros da noite
Ao lado de ninguém
Até o alvorecer
Ao final, por bem,
Fui cair feliz
E se sem querer, quis
Sem querer, me refiz
Aprendiz a crescer
E tudo a quem,
Bem, mas sem querer
Eterniza-te acaso
Faz-me refém
Mas só por ser,
Sem querer,
Amém
(Arthur Valente)
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