quarta-feira, 22 de junho de 2011
Mudança
Que importa a cor da pele
Quando a alma voa?
Se o ego repele
A consciência ressoa
Que importa o sexo
Quando é feito bem?
O gosto é complexo
Mas que mal tem?
Que importa o alguém
Quando em meio ao plural?
Planejar um comum bem
Frente ao constante mal
Que importa o que se pensa
Se o pensamento é fechado?
Orgulha-se a falsa crença
Do fiel alienado.
Que importa este dizer
Se não para ser refletido?
A razão mostra ao ser
O que passou batido
E que se mostre a ação
Como relfexo do pensar
Maus conceitos cairão
Para um melhor se levantar.
(Arthur Valente)
sábado, 4 de junho de 2011
Sonho
O céu manifesta-se e canta
Estrelas resplandecem dançando
O azul lunar vai se modificando
dando lugar à rubra manta
as flores beiram um sol lilás
nascem do mais alto pico montanhoso
cheiro doce, leve e sedoso
fabricam grandiosos e impalpáveis chás
O branco da terra adormece a pele
como a própria neve daqui faz
vasta,clara,poderosa e sagaz
o feio invisível, triste, se repele
o horizonte não surge sem um porquê
tampouco dá lugar à escuridão
as nuvens, rosas, de larga extensão
são maciças, maleáveis, de papel marchê
crianças brincam, felizes, nuas
a grande Alegria tem forte odor
os seres cativos degustam o Amor
que passa sorrindo por todas as ruas
O mundo não gira e não se mantém parado
a inércia passara bem longe dali
banana, maçã, caju e caqui
exalam um anil de toque aveludado
O mar, por si só, é inerente ao chão
A prata e ouro, opacos e despercebidos
o paraíso de todos permanece unido
onde a própria morte se rende à submissão.
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