quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Um Daqueles Subjetivamente Objetivos

Por que amo? Por quê? Por que sinto que quero perto? E deixo que venha a dor ao ser discreto Pois quero, o que não posso dizer? Por que clamo por prazer? Eu sei, somos íntimos, Mas pra quê? Se mal me deixa chegar em teu ser E me intimido, de forma que me apresso A finalmente te ter. Sem sucesso e com tentativas inexatas Perco-me em cantadas baratas E promovo sugestões insensatas Na vontade inapta de te ver derreter E como queria que fosse minha Não, não! Mentira mesquinha. Perdão Queria que fôssemos um só no colchão E que víssemos, juntos, o dia renascer Sem pressão de ser Nem de obrigação Mas só por satisfação De saber que fomos e somos Sendo o todo, nós, serão O verão mais caloroso Que o amor já viu nascer Ave, merecer! Salva-me da mercê, Pois ponho-me em tua mão E de teu coração Nada espero, mas tudo quero Bater.


(Arthur Valente)