segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Abismo



Estou caindo,nada vejo
Estou sentindo,e no céu lampejos
Quero subir,quero respirar
Quero sair,não sinto o ar
Olho para baixo e não vejo chão
Só vejo um vão,no céu ainda àquele clarão
Nada posso fazer,sou um cadáver sem caixão
Sou um peixe fora d’água,um braço sem mão
Sou uma casa sem telhado
Um terno mal lavado
Um gato escaldado
Sou um crime sem perdão
Um sentimento sem coração
Sou um abismo sem fim,sem chão.

(Arthur Valente)

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