domingo, 5 de dezembro de 2010

Contradições


Se digo que estás bem
Tu dizes não acreditar
Se digo que estás mal
Tu se põe a resmungar

Se minto para ti
Tu passas a me crucificar
Se te digo a verdade
Tu preferes não escutar

Se te escondo meu passado
Tu me pedes para confiar
Se te conto o que fiz
Tu me julgas com o olhar

Se simplesmente me calo
Tu me pedes para falar
Se decido,então,que falo
Tu me pedes para parar

Se digo que não quero
Tu começas a chorar
Se digo que te amo
Tu respondes não me amar

Se te digo que vou
Tu me pedes para voltar
Se te peço que volte
Tu me dizes para esperar

E assim vamos seguir
Até o dia em que me cansar
Para os outros tu vais rir
Mas por mim,vais chorar

(Arthur Valente)

2 comentários:

  1. Métrica, rima... Mandou muito bem.
    O final sempre destruidor.

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  2. Tradicional e intencional sua poesia, veridica, realista, somos todos controversos, pois é assim que aprendemos a ser, exigindo a verdade e não a aceitando quando ela não nos convem, lindo, ritimico e verdadeiro o seu relato poetico, gostei do seu espaço passo aqui mais vezes! abraços!

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