domingo, 4 de dezembro de 2011

Vagalumes




Na imensidão do horizonte
Eis que vejo sob a bruma
Tão leve quanto pluma
Algo vem de trás do monte

Destaca-se no escuro
Dançando em tom de claro
Sem limite de anteparo
Tão pequeno e seguro

Porém, de repente
Observo com atenção
Parecia reunião
Poderosa e abragente

E um ponto quase nada
Vem tornar-se um clarão
Luminosa multidão
Uma quase alvorada

E o mais interessante
É que o certo perdeu vez
O escuro se desfez
Por rebeldes tão brilhantes.

(Arthur Valente)

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