sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Memórias de uma milícia atual


Homens-demônio trajados de farda
Fardados de ódio e de falta de dúvida
Armados com fogo, esperando ordens súbitas
De reis despóticos, contra a plebe enganada

Meirinhos do novo século, capitães-do-mato
Seculares por proverem ao povo o choque
Pois sendo brutos no ato e no toque
Contrariam-se à existência num torpe desacato

E quem são estes empregados do engenho?
Do engenhoso poder maior aristocrático
Que com sarcásticos risos, demonstram empenho
Em pisar abotinados no Estado Democrático

Respiraremos quando seguirem nova rota
Contra choque, milícia e falta de senso
E ai, formando-se um exército imenso
Por fim, a opressão institucional bate as botas.


(Arthur Valente)

Nenhum comentário:

Postar um comentário