quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Flagelos



Os mesmos que,com frieza,
Riem de minha embriaguez
Embriagam-se de tristeza
Por manterem a lucidez.

Meu amor,
Não ouça o que lhe dizem
Não deixe que lhe pisem

Somos o remédio inválido
E singelamente cálido
Das feridas do mundo

Mergulhando ao fundo
Nos fazendo imundos
Querendo que estas cicatrizem

O autoflagelo, a destruição corporal
Às vezes como elo espiritual
não me fazem tão mal quanto o mundo que vivo

Quanto às bandeiras que sirvo
Quanto aos caminhos que sigo
Quanto ao choro de um amigo.

(Arthur Valente)

3 comentários:

  1. Mano, preciso te avisar uma fita, esse poema, que virou nosso blues, foi postado no dia do meu aniversário!!! HAHAHA Nóis, seu gênio!

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    1. Caraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaca, broooooo...! Inacrebelível, véio...

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