terça-feira, 26 de abril de 2011
Duas Caras
Procuram respostas em frases feitas
Fazem promessas que não podem cumprir
E fingem se iludir com propositais desfeitas
Porque sabem que iludem quando querem persuadir
Esperam o bem a todo instante
Como se fossem tão bons quanto dizem ser
Escondem seus defeitos repugnantes
Num véu de virtudes que nunca virão a ter
Se demonstram descontentes
E até incoerentes
Quando procuram se defender
Mal sabem tais inconsequentes
Que por trás da máscara benevolente
São tão maus quanto um humano pode ser.
(Arthur Valente)
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Desabafo
Por que tantos por quês?
Por que eles precisam tanto saber?
É errado, por um acaso, eu fazer
algo simplesmente por querer?
Dizem que eu tenho que esclarecer
Que tenho que me fazer entender
Mas não quero ter que dar um parecer
Sempre que alguém decidir me compreender
Que me deixem, em paz, viver
Minhas escolhas sou eu quem deve fazer
E se eu errar,pelo menos hei de aprender
Pois no fim, não quero me arrepender
O prazer pelo prazer
O tesão pelo tesão
Disposição para vencer
Liberdade em primeira mão
Procurando sempre aprender
Expandir a visão
Unindo o ser com o ter
E fazendo valer minha opinião.
(Arthur Valente)
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Meus pêsames
O homem precisa comer
E não se importa de matar
Contanto que seja para saciar
Sua fome de poder
O homem precisa vencer
Não importa o que vai enfrentar
Muito menos o que o leva à lutar
Contanto que depois, possa se envaidecer
O homem precisa saber
Fazer a boca dos outros calar
Quer, com conhecimento, mostrar
Aos reles mortais que é um divino ser
Talvez, só falte ao homem perceber
Que um dia tudo, para ele, vai acabar
E quando esse dia, enfim, chegar
Quem sabe note que, sua vida, só o fez perder.
(Arthur Valente)
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Cores
Primeiro era o vermelho
Os músculos acentuados
Os nus corpos suados
Enganados por espelhos
Chega o branco, então
Vindo de longínqua distância
Traz consigo a ganância
E um projeto de civilização
Por terceiro, o preto
Tirado a força do lar
Trazido arrastado pelo mar
Compôs cultura do alto do gueto
Veio o amarelo,por fim
Com seus olhos puxados e caídos
Sua inteligência sensata,povo unido
que largou tudo,para completar a miscigenação assim.
E quem somos nós afinal?
Qual a cor do homem brasileiro?
Somos um pedaço do mundo inteiro
Um arco-íris sem igual.
(Arthur Valente)
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Face Política
Vou à televisão
Aparento ser decente
E com discurso convincente
Engano toda uma nação
Demonstro seriedade
Finjo lutar pelos teus
Só ligo para interesses meus
Desconheço dignidade
E continuo sempre assim
Me contradizendo em ações
Não ligo para o que dizem de mim
Não me importo,pois no fim
Quando chegarem as eleições
Tu acabarás votando em mim.
(Arthur Valente)
domingo, 5 de dezembro de 2010
Contradições
Se digo que estás bem
Tu dizes não acreditar
Se digo que estás mal
Tu se põe a resmungar
Se minto para ti
Tu passas a me crucificar
Se te digo a verdade
Tu preferes não escutar
Se te escondo meu passado
Tu me pedes para confiar
Se te conto o que fiz
Tu me julgas com o olhar
Se simplesmente me calo
Tu me pedes para falar
Se decido,então,que falo
Tu me pedes para parar
Se digo que não quero
Tu começas a chorar
Se digo que te amo
Tu respondes não me amar
Se te digo que vou
Tu me pedes para voltar
Se te peço que volte
Tu me dizes para esperar
E assim vamos seguir
Até o dia em que me cansar
Para os outros tu vais rir
Mas por mim,vais chorar
(Arthur Valente)
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Tempo
O café está esfriando
E o tempo a passar
Não consigo me lembrar
No que mesmo eu estava pensando?
Como ele cresceu!
Me lembro como se fosse ontem
Erros do passado me apontem
O tempo vôa,amanhã ele esqueceu
Dizem que o tempo é relativo
Não compreendo tal afirmação
Me dê um ponto de referência então
A partir da Terra ou de outro ser vivo...
Que assunto mais complicado
Penso,mas nada tenho até agora
Oh meu Deus!Olhe só a hora!
Esqueci do tempo,estou atrasado
(Arthur Valente)
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